Na comparação com fevereiro do ano passado, o varejo cresceu 1,3% em fevereiro deste ano, a 11ª taxa positiva consecutiva, mas a mais baixa desde abril de 2017. Isabella ressalta que o avanço já não teve ajuda de uma base de comparação tão fraca, mas sim recomposta, uma vez que a recuperação das vendas teve início no fim de 2016.
O volume vendido pelo varejo está 8,5% abaixo do pico registrado em outubro de 2014. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas estão 15,1% inferiores ao ponto máximo alcançado em agosto de 2012.
"Os artigos farmacêuticos e os supermercados, que são atividades básicas, estão se recuperando mais rapidamente em relação ao seu ponto mais alto", apontou Isabella.
Segundo a pesquisadora, a retomada gradual das vendas é explicada por uma recuperação ainda devagar do mercado de trabalho.
"A recuperação das vendas se deu por causa da recuperação do mercado de trabalho. Mas houve precarização do emprego, você tem menos trabalhadores com carteira assinada. Além disso, a gente tem 13,1 milhões de pessoas desocupadas ainda, e portanto com alguma limitação do consumo. Essa recuperação do varejo depende ainda da velocidade que o mercado de trabalho vem recuperando, da qualidade do emprego", ponderou Isabella.
Agência Estado