A Prefeitura de Campo Grande publicou, nesta sexta-feira (16), o aviso de licitação da primeira etapa das obras de revitalização da Rua 14 de Julho, trecho de 1,4 km entre as avenidas Fernando Correa da Costa e Mato Grosso. Além do Diário Oficial do Município, o aviso está sendo publicado também no Diário Oficial da União, em jornal de circulação nacional e no site do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que vai financiar o projeto. O objetivo desta divulgação mais ampla é garantir que empresas até de fora do país possam se interessar e participar da concorrência.
As propostas deverão ser entregues na Unidade Gestora do Programa, até as 14 horas do próximo dia 28 de março. A expectativa é de que as obras sejam iniciadas em abril, com investimento estimado em R$ 58 milhões.
Segundo a gestora do projeto, Catiana Sabadin, ainda neste ano deve ser licitada a construção de unidades habitacionais no entorno da região central. Já em , as obras de recapeamento e revitalização das ruas transversais a 14 de Julho, entre a Padre João Crippa e a Avenida Calógeras.
A base da concepção urbanística do projeto é transformar a 14 de Julho (da Afonso Pena a Cândido Mariano), rua mais tradicional da cidade, em um shopping a céu aberto. O Calçadão terá áreas de convivência implantadas em baias; arborização; bicicletários e conexão wi-fi com internet.
A calçada será ampliada para em alguns pontos ter 6,5 metros de largura (hoje tem 3 metros). Com o estacionamento proibido neste trecho, ao invés de três, serão duas faixas para o tráfego de veículo e o asfalto tradicional com CBUQ será substituído por piso intertravados (o mesmo a ser usado nas calçadas). Com o meio-fio rebaixado, a pista será praticamente no mesmo nível da calçada.
No meio das quadras, haverá travessias elevadas para dar maior segurança aos pedestres. Com os bicicletários, a intenção é oferecer um estacionamento seguro para os ciclistas que circulam pela ciclovia da Afonso Pena ou da Orla Morena deixarem suas bicicletas antes de passear ou fazer compras no centro.
Nos dois outros dois trechos da 14 de Julho, onde haverá intervenções, (entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Avenida Afonso Pena) ; da Cândido Mariano até a Avenida Mato Grosso, o recapeamento será feito com pavimento tradicional (a base de CBUQ). Será mantido o estacionamento nas laterais, dentro de baias, mas as calçadas ganharão mais espaço porque só haverá duas pistas para o tráfego de veículo.
Obras em abril
A expectativa da Prefeitura é iniciar as obras em abril, com prazo de dois anos para conclusão. O investimento previsto é de R$ 54, 8 milhões, cerca de US$ 14,5 milhões, parcela do empréstimo de US$ 56 milhões contratados junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para viabilizar o Reviva Centro).
Ao longo do trecho de 1,4 quilômetro, onde haverá intervenções, entre as avenidas Fernando Correa da Costa e Mato Grosso, será refeita a rede de drenagem (ao custo de R$ 4,6 milhões); recapeamento do pavimento (R$ 2,3milhões); redes de água (R$ 895 mil) e esgoto (R$ 1,5 milhão); novas calçadas, com padronização, acessibilidade (R$ 2,4 milhões); sinalização (R$ 1,8 milhão); paisagismo (R$ 1,4 milhão); iluminação pública (R$ 2,4 milhões); mobiliário urbano (R$ 1,7 milhão), incluindo bicicletários, bancos, lixeiras, defensas,vasos e murais.
Metade dos investimentos, R$ 27,7 milhões, segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, vão ser aplicados para substituir as redes “aéreas” de energia elétrica e telefônica, por rede subterrâneas, eliminando a poluição visual da fiação. A drenagem, com o escoamento de águas pluviais através de canaletas junto ao meio fio, vai eliminar os pontos de empoçamento de enxurrada.
Estacionamento proibido
As intervenções mais radicais, conforme o detalhamento do projeto executivo, serão no trecho entre a Avenida Afonso Pena e Rua Cândido Mariano, exatamente porque concentra o maior fluxo de pedestres, atraídos pelos estabelecimentos comerciais localizado na região.
O pavimento à base de CBUQ será substituído por piso intertravados (uma espécie de paralelepídos), o mesmo material a ser usado no calçamento. Serão preservadas as vagas destinadas a idosos e portadores de necessidades especiais, além de ser autorizado o embarque e desembarque de quem for comprar na região. Haverá horários para carga e descarga.
O andamento das obras será quadra a quadra, com interdições pontuais do trânsito, mas as calçadas continuarão liberadas aos pedestres, o que vai garantir o fluxo de vendas no comércio. Só se avança para a quadra à frente, depois de concluída a anterior. A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) vai sinalizar e definir rotas alternativas. Já está em estudo o novo itinerário dos ônibus que hoje atravessam a 14 de Julho.
Também será revitalizado, a partir de 2019, com recapeamento, arborização, readequação da drenagem e calçadas, o quadrilátero formado pelas avenidas Fernando Correa da Costa, Mato Grosso, ruas Pedro Celestino , Rui Barbosa, 13 de Maio, Calógeras, além das transversais, 26 de Agosto, 7 de Setembro, 15 de Novembro, Barão do Rio Branco, Dom Aquino, Cândido Mariano, Maracaju e Antonio Maria Coelho. O investimento na Avenida Calógeras e na Rui Barbosa terá recursos do Projeto de Mobilidade Urbana, por serem vias onde haverá corredores de transporte.
Prefeitura Municipal de Campo Grande