Pesquisa da Fecomércio aponta que mais da metade dos que procuram uma vaga de parquímetro na região central não consegue estacionar.
Os estacionamentos rotativos com uso do parquímetro, no Centro de Campo Grande, não têm sido suficientes para a movimentação diária de pessoas. É o que aponta pesquisa realizada pela Fecomércio-MS, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio (IPF), no início de novembro. De acordo com o estudo, cerca de 50% dos procuram uma vaga na região diariamente, não conseguem estacionar.
O levantamento foi feito com clientes, empresários e funcionários, considerando o perímetro que compreende a Av. Mato Grosso, Av. Afonso Pena, as Ruas Calógeras, 14 de Julho, 13 de Maio, Maracajú, Antônio Maria Coelho, Dom Aquino, Marechal Rondon e Barão do Rio Branco.
Nessa área, o fluxo diário é de 5.250 potenciais clientes utilizando carro. A oferta de vagas de parquímetro é de 1.277, descontando cerca de 800 vagas utilizadas por funcionários. A rotatividade média dessas vagas é de duas vezes ao dia.
“A disponibilidade de estacionamento é algo importante para o lojista, pois influencia diretamente no consumo. O cliente que vai ao Centro de carro e não encontra vaga para estacionar, não compra. E se ele deixa de comprar o comércio perde”, pondera o presidente da Fecomércio-MS, Edison de Araújo.
Ele explica que o estudo foi realizado pela instituição porque é a partir de pequenas estratégias, como a garantia de vagas para estacionar, que se fideliza o cliente. E o tema ganha maior relevância agora, nas proximidades do Natal, quando o número de consumidores cresce consideravelmente.
Conforme outra pesquisa da Fecomércio, divulgada no final de novembro, 70% dos consumidores que irão às compras de Natal em Campo Grande, preferem a região central. A estimativa é de que a data movimente cerca de R$ 43 milhões no comércio local.
Mais de 80% dos funcionários admitiram que os clientes já reclamaram do estacionamento rotativo com o uso do parquímetro, principalmente no quesito falta de vagas e do preço em desconformidade com a segurança. Uma das formas de tentar amenizar a reclamação é a oferta de vagas em estacionamento próprio ou conveniado, porém apenas 12,24% desses funcionários relataram que as lojas possuem estacionamento próprio ou conveniado para os clientes.
“Incentivar que os funcionários utilizem outros estacionamentos que não os da frente ou dos arredores da loja, não só neste período, como no ano todo, pode ser uma iniciativa para ´descongestionar´ as vagas e absorver melhor o consumidor que ainda busca as vantagens e benefícios da região central. Isso com certeza fará diferença nas vendas, seja no Natal ou em qualquer outra época do ano”, sugere Edison Araújo.