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Com 3,3% do PIB do comércio e projeção de 15 mil novas lojas, varejo cresce pautado em tecnologia

Após vivenciar um período de recessão, acompanhando a economia nacional, o varejo brasileiro começa a dar demonstrações de recuperação. Conforme análise do IBGE, houve retomada no setor no início de 2019, com avanço na casa de 3,3% do PIB do comércio no acumulado de quatro semestres.

Já o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, fez outra avaliação recente do setor, indicando que o cenário é positivo para o varejo este ano, devido a fatores como o aumento do consumo das famílias, geração de novos postos de trabalho e elevação da massa salarial, o que a Confederação Nacional do Comércio (CNC) acredita que deva resultar na abertura de pelo menos 15 mil novos pontos de venda até o próximo dezembro.

Índices que requerem estratégia, por parte dos lojistas, para serem aproveitados como oportunidade de crescimento. Para alguns varejistas, os planos de atuação vêm sendo revisados e têm tido impulso de inovações, como a integração de tecnologia à gestão comercial.

Um caso é o da Lojas Pompeia, rede varejista que atende a mais de 1,5 milhão de clientes por meio de suas 77 lojas da marca Pompeia e 44 da rede Gang, ambas integrantes do Grupo Lins Ferrão. A empresa adotou tecnologia de Business Intelligence que, conforme Eduardo Cunha, diretor de TI da companhia, é usada para coletar informações de clientes em bases diversas, como os bancos de dados de cada filial e até mesmo redes sociais.

O software em uso pela rede é o BIMachine, que é também integrado ao aplicativo ClimaTempo, o que permite à varejista contar com informações meteorológicas para determinar ações de venda.

Isso direciona, segundo Cunha, campanhas sazonais. “Há influência do tempo sobre o movimento das lojas ou os produtos. Há itens que são mais vendidos em dias quentes, frios, chuvosos, por exemplo. Analisar estes dados é pensar à frente do tempo”, afirma o diretor.

Ainda de acordo com o executivo, o poder de coleta e trabalho de informações trazido pelo BIMachine é usado também por consultores de moda da rede, que analisam os dados para definir campanhas, ações, promoções, entender que produtos têm mais ou menos saída junto aos clientes, quais as preferências de cada público, entre outros aspectos.

“E isso também é levado em consideração na hora de criar novas coleções”, complementa o gestor.

O CEO da BIMachine, Douglas Scheibler, ressalta que o setor varejista é um dos que mais expressivamente se beneficia do BI e do Analytics, tecnologias de análise e projeção que são essenciais para determinar cenários, avaliar situações e definir estratégias e ações.

“O BIMachine auxilia as empresas no entendimento de seus públicos e seus negócios. Tudo o que é relativo às áreas de atuação, preferência dos clientes, regiões de atendimento, produtos, serviços, operações internas, promoções e muito mais é passível de uma melhor gestão com base em dados seguros, refinados, organizados. É isso o que o BI entrega, e isso é ouro para gerir um negócio”, comenta o CEO.

Ainda mais quando se fala em um negócio em franco crescimento, como é o caso do Grupo Lins Ferrão, que neste mês de dezembro comemora 65 anos da Lojas Pompeia e em 2013 adquiriu a marca Gang. Hoje, o grupo está em 89% dos municípios brasileiros de forma física ou virtual.

Fonte: Exame

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