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Banco Mundial reduz previsão de queda do PIB do Brasil em 2020 para 5,4%

O Banco Mundial prevê que a pandemia do novo coronavírus levará a atividade econômica no Brasil a encolher 5,4% em 2020. A estimativa foi divulgada nesta sexta-feira (9) pela instituição no relatório “O Custo de se Manter Saudável”.

A previsão é melhor do que a última feita pelo banco, divulgada em junho, que estimava uma queda de 8% para o Produto Interno Bruno (PIB) brasileiro em 2020.

A estimativa de queda do Banco Mundial é maior do que a prevista pelo governo. O Ministério da Economia prevê um tombo de 4,7% da economia brasileira este ano.

O Banco Mundial também melhorou a previsão para 2021 e estima uma alta de 3% no PIB. A previsão anterior era uma alta de 2,2%.

Estimativas para o desempenho do PIB — Foto: Economia G1

Estimativas para o desempenho do PIB — Foto: Economia G1

A previsão do Banco Mundial é que o PIB da região caia 7,9%. Porém, apesar da perspectiva negativa, a instituição destaca que “há alguns sinais de que o impacto pode ser menos grave do que o temido inicialmente”.

Segundo o documento divulgado nesta sexta, o comércio global de bens está retornando aos níveis anteriores à crise e os preços das commodities se mantiveram relativamente bem, contribuindo para a retomada da atividade econômica na região.

Ajudas emergenciais

O documento lembra que ações de transferência de renda adotadas pelos países durante a pandemia tiveram impacto significativo na atividade econômica. O banco cita que, apesar das limitações fiscais, “ os pacotes de estímulo formulados pelos diversos governos da região foram muitas vezes robustos”.

Segundo o Banco Mundial, cinco dos dez programas de maior cobertura populacional estão na América Latina e Caribe. O relatório afirma ainda que o efeito multiplicador dos programas é maior na região do que em economias avançadas.

“A forte resposta à crise da Covid-19 pode, portanto, ser lembrada como um dos primeiros exemplos de política fiscal anticíclica bem-sucedida em grandes áreas da região”.

No entanto, o Banco Mundial alerta que os governos precisam retomar o caminho da consolidação fiscal após esse período necessário de gastos altos com incentivos econômicos e auxílios emergenciais.

Saúde

O relatório também alerta para os efeitos prolongados da pandemia sobre o sistema de saúde da região e para a necessidade de cuidados para manter a população saudável durante o processo de volta à normalidade.

O relatório afirma ainda que com a expectativa de continuação da pandemia por um período prolongado, os sistemas de saúde devem considerar fazer reformas para melhorar sua efetividade e reduzir os custos que foram imputados aos governos e às pessoas físicas.

Fonte: G1

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