Indicador de inadimplência é maior entre famílias de menor renda
A PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor),da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que o índice de famílias endividadas em Campo Grande fechou em 65,7% em março, com aumento também no indicador de inadimplência. Desta vez, 12,5% informaram que não terão condições de pagar suas dívidas, enquanto em fevereiro eram 11,7% e em março do ano passado 9,7%.
São consideradas dívidas, compromissos financeiros como: cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros.
“O endividamento por si não é um dado negativo, uma vez uma grande parcela da população faz compras parceladas. O importante é observar se essas aquisições são feitas com planejamento dentro do orçamento familiar para que não haja inadimplência”, explica a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS, Regiane Dedé de Oliveira.
Quando é feito um recorte por faixa de renda, se consideram muito endividados 18,9% dos que estão na renda familiar de até 10 salários mínimos, número que cai para 10,2% entre os que têm maior renda. Entre as primeiras, 44,4% estão com dívidas em atraso, percentual que cai para 25,5% para as famílias com renda mais elevada.
Sobre o tipo de dívida, o grande contraste entre as faixas de renda é para os carnês, apontados por 21,2% das famílias de menor renda e apenas 5,9% entre as que recebem mais de 10 s.m. Por outro lado, 27,4% destas apontam terem entre as dívidas parcelas de carro e casa, enquanto entre aquelas, de menor renda, estes bens são citados por 14,8%.
Confira o estudo em anexo: peic_3_2025