Foram certificadas nesta quinta-feira (29/08) 15 mulheres que participaram do curso Técnicas de Confeitaria Básica, oferecido no Senac Turismo e Gastronomia, em Campo Grande, com apoio do Ministério Público Estadual do Trabalho e do Tribunal de Justiça, por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar. Além de mulheres vítimas de violência, também integram o grupo detentas que cumprem pena no regime semiaberto.Os novos conhecimentos podem significar uma mudança de rumo para a M.M.S. Ela já vendia salgado há três anos na frente de casa e agora irá acrescentar bolos, uma paixão que traz desde a infância. Ao lado da filha durante a cerimônia, era puro orgulho. “É uma nova etapa”.
De acordo com o presidente da Fecomércio MS, Edison Araújo, a iniciativa é pioneira no Sistema Comércio no País. “Parcerias como esta destacam o papel social que as nossas instituições têm junto à sociedade, contribuindo para a melhoria de vida tanto de uma família quanto da própria comunidade”.
A juíza Jacqueline Machado, coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, destacou que os projetos elaborados pelo setor têm o objetivo de dar oportunidade para ajudar as mulheres a transformarem suas vidas e a finalização do curso é uma prova disso, com a viabilidade de parceria. “Em um momento em que todo o Sistema S está sendo criticado e combatido por um governo que não entende sua finalidade, nós precisamos mostrar a que e a quem serve essa casa, mostrar que uma estrutura como a do Senac Turismo e Gastronomia está transformando vidas por meio de projetos como este”.
De acordo com a diretora de Educação Profissional do Senac MS, Jordana Duenha, oportunizar uma fonte de renda ou mesmo reintroduzir a pessoa no mercado de trabalho são os principais objetivos dos cursos do Senac. “Se já não é possível alterar o passado, todas terão chance de transformar seu futuro”.
“Nos orgulhamos de participar de ações sociais como essa, pois sabemos da importância do nosso papel na reinserção dessas mulheres no mercado de trabalho”, avalia o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Leontino Ferreira de Lima Júnior.