As vendas nos supermercados registraram, de janeiro a agosto, 3,39% de crescimento real – deflacionado pelo IPCA/IBGE, de acordo com o índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado na sexta-feira (4). Segundo a entidade, este é o maior resultado acumulado no período desde 2014. Em agosto, as vendas reais registraram alta de 4,25% na comparação com o mês de julho e crescimento de 7,10% em relação ao mesmo mês de 2018.
“Em agosto, foram criadas 121,4 mil vagas de empregos formais, e o acumulado chegou a 593.4 mil postos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o melhor desempenho para o período desde 2014. Além disso, outros fatores impactaram nossos números: o crédito à pessoa física aumentou, a inflação segue estável, e os juros caindo. Parece que o Brasil voltou ‘a respirar’, disse o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.
Mesmo com o acumulado ultrapassando os 3% de crescimento previstos pela Abras para o setor em 2019, Sanzovo destacou que ainda é preciso cautela em relação a uma nova projeção de vendas.
“Após uma recessão prolongada, indicadores econômicos positivos são sempre um motivo para comemorar. Embora as contratações formais tenham apresentado crescimento, infelizmente, a taxa de desemprego continua elevada, uma parte da população segue endividada, e a recuperação ainda está aquém do ideal, o que faz o consumidor ponderar seus gastos. Mas as nossas expectativas são boas para o final do ano, e os próximos meses serão decisivos para o setor supermercadista”, afirmou.
Índice de Confiança
De acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela Abras em parceria com a GfK, os empresários do setor estão mais otimistas. Depois de uma queda, o indicador voltou a apresentar crescimento. A pesquisa registrou 55,6 pontos (numa escala de 0 a 100), na última avaliação, divulgada em junho, o índice estava em 54,9 pontos.
Segundo a Abras, entre os principais motivos para o desempenho dos supermercadistas está a economia do país, que aos poucos tem mostrado sinais de recuperação.
Fonte: Agência Brasil