A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de 1,2% para 1,6% a sua projeção de crescimento nas vendas do varejo em 2017. A revisão foi feita após o resultado de maio da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, 12 de julho, pelo IBGE. Segundo a pesquisa, o varejo ampliado registrou avanço de 4,5% na comparação com maio do ano passado. Esse foi o melhor resultado desde março de 2015, quando houve um aumento de 5,0% na receita do varejo.
Segundo o economista da CNC Fabio Bentes, a recuperação sustentável do setor continua dependente, de forma mais ampla, da regeneração das condições de emprego e taxas de juros mais compatíveis com a trajetória recente da inflação. “Confirmada essa expectativa, o setor voltaria, enfim, a crescer após três anos de retrações ao fim do qual o nível mensal de vendas retroagiu a níveis do início de 2010”, afirmou Bentes.
Dos dez segmentos pesquisados pela PMC, apenas dois registraram retrações em relação a maio de 2016: combustíveis e lubrificantes (-0,9%) e livrarias e papelarias (-1,0%). Os segmentos que mais se destacaram foram os de móveis e eletrodomésticos (+13,8%), materiais de construção (+9,3%), equipamentos de informática e comunicação (+8,8%) e vestuário e calçados (+5,0%).
A análise da CNC mostra ainda que três fatores têm contribuído para melhorias mais acentuadas nesses segmentos: a escassez de demanda, que ocasionou um crescimento dos preços menor que o do IPCA; a regeneração parcial do crédito; e os saques das contas inativas do FGTS, que tiveram impacto positivo, ainda que temporário, nas vendas.
Acesse abaixo a análise completa da Divisão Econômica da CNC.
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