No período de recrudescimento da pandemia, o medo aumentou, mas o consumidor está confiante na vacinação
De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio MS, em parceria com outras Instituições e organizações do Setor Produtivo, em março, diante do recrudescimento da pandemia, o nível de medo de grau 5 (muito medo) do coronavírus e de seus efeitos sobre a economia, aumentou mais de 30 pontos percentuais, alcançando 59% da população de Campo Grande, o maior percentual registrado durante a pandemia.
O estudo foi realizado de 22 a 31 de março e teve como objetivo levantar as percepções dos consumidores e dos empresários, durante as semanas de maiores restrições que levaram a suspensão do atendimento presencial do comércio. Trata-se de um importante levantamento que contemplou a avaliação do comportamento do consumidor e também as dificuldades dos empresários, que fornecem com isso importantes subsídios ao poder público e aos comerciantes para as tomadas de decisões. Isto porque de 22 a 28 de março passou a valer o decreto municipal de antecipação de feriados e, de 29 de março a 04 de abril a vigência do decreto estadual.
A pesquisa revela ainda que apesar do maior nível de medo, mais de 65% da população acredita que o ano de 2021 poderá ser melhor que o de 2020, além disso o maior nível de confiança está entre aqueles que possuem entre 51 e 60 anos. Vale destacar que, no período de antecipação dos feriados houve 2% de demitidos, 36% das pessoas não trabalharam, 6% trabalharam em horário reduzido, 34% ficaram em home office e 25% trabalharam presencialmente.
Delivery – Somente 9% disseram ter comprado produtos de Páscoa e 24% fizeram compras de refeições prontas no sistema delivery, além de 49% que informaram ter comprado alimentos e produtos de limpeza. A aderência ao sistema de delivery, em geral, foi de 31% da população e, conforme a pesquisa, estavam preparados para atender nesta modalidade, 77% dos bares e restaurantes, 53% das lojas de calçados e vestuário e 20% do comércio de decoração e presentes. Informaram que pretendem manter essa estratégia de vendas mesmo no pós-pandemia, 57% dos empresários entrevistados.
Quando consultados, os empresários, 84% apontaram como principal dificuldade o pagamento da folha salarial, 40% mencionaram o capital de giro e 40% os impostos. Também houve 18% que disseram estar confusos quanto ao entendimento de decretos sucessivos.
Apoio – A pesquisa foi desenvolvida pelo IPF em parceria com o SEBRAE, SENAC, SESC, Sindivarejo Campo Grande, CDL, FCL, ACICG, AMAS, SINDSUPER, ABRASEL, equipe e apoio do Vereador Dr. Sandro Benites. Contando com a abordagem de 366 consumidores e 77 empresários ou gerentes responsáveis.
Confira em anexo o estudo na íntegra:
Medidas restritivas – percepções empresariais e de consumidores (1)