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Número de pessoas ocupadas no comércio cresce em uma década, diz pesquisa do IBGE

De acordo com a Pesquisa Anual do Comércio 2017 (PAC), divulgada hoje pelo IBGE, o pessoal ocupado em atividades comerciais aumentou 29,9% entre 2008 e 2017, passando de 7,9 milhões para 10,2 milhões de pessoas. O número de empresas comerciais aumentou 11,8% no mesmo período, indo de 1,4 milhão para 1,5 milhão. Já a quantidade de unidades locais (lojas) subiu de 1,5 milhão para 1,7 milhão em dez anos.

“Apesar da pesquisa divulgada contemplar até 2017, podemos fazer um recorte e analisar números recentes, baseados na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e de Serviços (PMS), no período de abril de 2018 a abril de 2019 e os dados são otimistas”, conta a economista do IPF MS, Daniela Dias. “Nesse período, apenas em março foram registrados resultados negativos para o “Serviços”, talvez influenciados com algumas dispensas trabalhistas que ocorreram naquele mês. A economia ainda está em recuperação, ainda é frágil, mas conseguimos detectar sinais positivos, é o que apontam outras pesquisas, como o de volume de vendas, por exemplo”, argumenta Daniela. Segundo a PMC, em MS, o volume de vendas em abril foi de 5,5%, o maior índice do País (que foi de 3,9%).

PMC (abril 2018/abril 2019)

Segundo o PAC, no varejo, que em 2017 ocupava 74,3% dos trabalhadores do comércio no Brasil, essa média passou de cinco para seis pessoas empregadas por empresa, enquanto que os demais segmentos mantiveram estabilidade no período. A única atividade em que esse número aumentou de forma significativa foi a de hipermercados e supermercados, que passou de 81 para 102 pessoas ocupadas por empresa em dez anos.

 

Em 2017, a atividade comercial no país gerou R$ 3,4 trilhões de receita operacional líquida (receita bruta menos as deduções, tais como cancelamentos, descontos e impostos) e R$ 583,7 bilhões de valor adicionado bruto. O setor pagou R$ 226,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, mantendo a estabilidade dos rendimentos médios das pessoas empregadas em empresas comerciais, que foi de 1,9 salário mínimo em 2008 e 1,8 em 2017.

Essas e outras informações estão na Pesquisa Anual do Comércio 2017, que traz os principais resultados das empresas comerciais brasileiras, cujas atividades se dividem em três segmentos distintos: comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista. As informações incluem a caracterização do faturamento das empresas, da margem de comercialização, da estrutura de concentração e do perfil do emprego nas empresas comerciais. A pesquisa prioriza a comparação entre 2008 e 2017 a fim de identificar mudanças estruturais num período de dez anos.

O material de apoio dessa divulgação pode ser acessado aqui.

Com texto e informações: IBGE

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