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Nota Pública – Greve dos Caminhoneiros

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS) está acompanhando os desdobramentos da greve nacional de caminhoneiros. Isto porque, há pontos positivos e negativos oriundos dessa mobilização.

 

Por um lado, de forma imediata, observam-se alguns prejuízos, diante do escoamento de mercadorias que afetam tanto empresários, quanto consumidores finais. Uma vez que, segundo a Associação Sul-mato-grossense de Supermercados (AMAS) já ocorre desabastecimento de carne e de hortifrútis na região sudeste do Estado. Em Campo Grande e região há expectativas de que o estoque seja suficiente por mais 6 dias. Para produtos não-perecíveis, esse prazo seria em média de 20 dias. Cabe destacar ainda, que para os próximos dias, projeta-se um movimento mais intenso em supermercados e similares, em função do pagamento de salários, de modo que a duração desse estoque poderá ser menor.

 

Por outro lado, apesar dessa questão referente ao desabastecimento, a greve trouxe consigo, a busca por preços mais acessíveis e competitivos do diesel. Caso a redução dos preços seja efetiva e repassada para os valores dos fretes e das mercadorias comercializadas, sem maiores onerações a população, há oportunidades de melhoras nas intenções de consumo das famílias.

 

Considerando, a duração de 60 dias, da redução de 12% do preço do diesel (R$0,46), admite-se, conforme estimativas, utilizando a matriz insumo-produto de Mato Grosso do Sul (UFMS, 2015), que o tempo de recuperação tributária, poderia ser de 6 meses (a depender da intenção de consumo e do repasse sobre os preços), deixaria de ser arrecadado no Estado mais de R$200 milhões, valor esse que representa quase 1/3 da movimentação financeira total com combustível.

 

Nesse sentido, a Fecomércio, juntamente com a AMAS e o Sindicato dos Supermercadistas (Sindisuper MS), reforça a atuação na defesa dos interesses dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo e, torce para que decisões sejam tomadas em prol da economia e sociedade, fortalecendo a necessidade de recuperação do comércio do Estado.

 

Edison Araújo

Presidente do Sistema Fecomércio-MS

 

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