Para contar a história brasileira do turismo, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) lança o site que apresenta o livro homônimo Turismo no Brasil, uma história de resistência e conquistas. A publicação celebra o Dia Mundial do Turismo, comemorado hoje, 27 de setembro, e mostra, com base na memória dos protagonistas do setor, um resgate fotográfico e jornalístico das últimas sete décadas.
O site pode ser acessado em https://turismonobrasil.cnc.org.br/. São sete capítulos, cada um retratando uma década, com o enlace entre o desenvolvimento do turismo e o da sociedade brasileira, desde o primeiro voo da Varig para Nova Iorque, passando pelos anos de chumbo, a Copa de 1970, a primeira edição do Rock in Rio, a Eco-92, os ataques do 11 de setembro de 2001, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, além da pandemia de covid-19 e a retomada da atividade no País.
“Ao olharmos para trás, vemos com orgulho o papel que o Sistema Comércio, com suas Federações e seus sindicatos, desempenhou na institucionalização do setor”, pontua o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Nesse sentido, ele destaca a importância do papel que o Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC vem desempenhando para o setor ao longo da história. “O potencial do turismo brasileiro é imenso, e poucos países têm a diversidade de culturas e paisagens que nós temos. Isso nos inspira a seguir atuando para que o turismo brasileiro, representado por empresários incansáveis, trabalhadores com boa formação profissional e lideranças determinadas, possa contar com um ambiente cada vez mais favorável e estimulante”, conclui Tadros.
Uma viagem do passado ao futuro
Fotografias e recortes de jornais da década de 1950 contam o início da mobilização para que o Brasil se tornasse “Um País de Turismo”, movimento impulsionado durante o pós-guerra, quando vários países passaram a proporcionar o direito trabalhista de férias remuneradas, e que ajudou a alavancar o número de viagens internas e pelo resto do mundo. Em 1977, foi publicada a primeira lei que estabelecia critérios para a conservação do patrimônio natural e cultural. Patrimônios que até hoje são essenciais para o desenvolvimento do setor.
Em 1988, a Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 180, reconheceu o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico. “Devemos olhar para o futuro tendo como alvo os horizontes que o turismo tem para desbravar em nossas terras”, reforça o diretor da CNC, responsável pelo Cetur, Alexandre Sampaio. A CNC revisou de 4,3% para 5,1% a expectativa de crescimento do turismo neste ano, em relação a 2021.
“Nosso setor avança no caminho certo. Hoje, a Organização Mundial do Turismo (OMT) nos lembra a necessidade de todo o trade turístico manter o foco e reimaginar o crescimento do setor, tanto em termos de dimensão quanto de relevância”, enfatiza Sampaio, que é também presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA). O Dia Mundial do Turismo, criado pela OMT, traz, neste ano, o tema Repensar o Turismo, provocando a reflexão sobre a importância de conectar governos, empresas e comunidades para um setor mais sustentável, inclusivo e resiliente.