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MS se descola do resultado nacional e tem crescimento nos serviços

Em novembro de 2019, na série com ajuste sazonal, o setor de serviços no Brasil mostrou ligeira variação negativa (-0,1%) frente ao mês anterior, após crescimento acumulado de 2,2% entre setembro e outubro. Na série sem ajuste sazonal, contudo, o total do volume de serviços avançou 1,8% em novembro de 2019 frente a igual mês do ano anterior, alcançando a terceira taxa positiva consecutiva.

Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Novembro 19 / Outubro 19* -0,1 -0,5
Novembro 19 / Novembro 18 1,8 5,0
Acumulado Janeiro-Novembro 0,9 4,4
Acumulado nos Últimos 12 Meses 0,9 4,4
*série com ajuste sazonal

Houve crescimento de 0,9% tanto no acumulado do ano de 2019 como no indicador acumulado em 12 meses, com este último ganhando ritmo frente a agosto (0,6%), setembro (0,7%) e outubro (0,8%).

O decréscimo de 0,1% no volume de serviços, observado na passagem de outubro para novembro de 2019, foi acompanhado por três das cinco atividades investigadas, com destaque para o recuo do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,7%), pressionado pelos segmentos de transporte terrestre (-1,6%), de armazenagem e serviços auxiliares aos transportes (-1,1%) e de transporte aéreo (-3,3%). Os demais recuos vieram dos setores de serviços prestados às famílias (-1,5%), que eliminou integralmente o avanço observado no mês anterior (1,5%) e dos serviços de informação e comunicação (-0,4%), em que parte do ganho de 1,7% verificado em outubro foi devolvido. Em sentido oposto, os “outros serviços” (1,7%) assinalaram o resultado positivo mais expressivo do mês, seguidos pelos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%), que emplacaram a quarta taxa positiva seguida, acumulando nesse período um ganho de 3,2%.

Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral encerrado em novembro de 2019 apontou expansão de 0,7% frente ao nível do mês anterior e manteve o ritmo de expansão verificado em setembro e outubro (ambos com a mesma taxa de 0,7%). O ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que já vinha mostrando comportamento positivo desde julho, assinalou o resultado positivo mais intenso (0,8%), e foi seguido por serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%), que alcançou a terceira taxa positiva consecutiva, e outros serviços (0,7%), que eliminou o recuo de mesma magnitude verificado em outubro (-0,7%). Outras duas atividades também mostraram expansões em novembro, mas de menor intensidade: os serviços de informação e comunicação (0,3%), que manteve trajetória predominantemente ascendente desde maio de 2019, e os prestados às famílias (0,3%), que registrou o segundo resultado positivo seguido.

 Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação – Novembro 2019 – Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos
12 meses (4)
SET OUT NOV SET OUT NOV JAN-SET JAN-OUT JAN-NOV Até SET Até OUT Até NOV
Volume de Serviços – Brasil 1,5 0,8 -0,1 1,6 2,8 1,8 0,6 0,8 0,9 0,7 0,8 0,9
1. Serviços prestados às famílias 0,9 1,5 -1,5 -0,1 2,6 1,3 3,6 3,5 3,3 3,4 3,4 3,3
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 0,9 2,2 -1,8 -0,6 3,4 1,8 3,7 3,6 3,5 3,6 3,7 3,5
1.2 Outros serviços prestados às famílias 2,2 -1,4 0,1 2,6 -2,2 -1,1 3,2 2,7 2,3 2,4 2,1 1,9
2. Serviços de informação e comunicação -0,5 1,7 -0,4 2,6 5,1 4,0 3,0 3,2 3,3 2,7 3,0 3,2
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) -0,6 0,5 0,1 3,0 2,7 3,1 3,9 3,7 3,7 3,9 3,7 3,7
     2.1.1 Telecomunicações 0,8 -0,2 0,1 -0,5 -0,9 -1,2 -0,7 -0,7 -0,8 -0,6 -0,8 -0,9
     2.1.2 Serviços de tecnologia da
informação
-3,1 2,7 0,2 10,0 10,1 11,8 13,7 13,3 13,2 13,3 13,4 13,6
2.2 Serviços audiovisuais -1,2 6,2 -0,8 -0,3 22,7 9,9 -3,0 -0,6 0,4 -4,9 -2,0 -0,1
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares 1,8 0,1 0,1 3,2 2,6 2,8 0,0 0,2 0,5 -0,5 -0,3 0,1
3.1 Serviços técnico-profissionais 6,1 2,9 -0,3 6,1 8,7 13,6 0,3 1,2 2,4 -1,1 -0,3 1,2
3.2 Serviços administrativos e complementares 1,5 -1,1 -0,6 2,2 0,6 -0,9 -0,2 -0,1 -0,2 -0,3 -0,2 -0,3
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio 1,7 1,4 -0,7 -1,8 0,5 -1,9 -3,1 -2,7 -2,6 -2,0 -2,2 -2,4
4.1 Transporte terrestre 2,5 1,4 -1,6 -2,0 -0,4 -2,4 -2,7 -2,4 -2,4 -1,6 -1,9 -2,1
4.2 Transporte aquaviário -3,6 2,8 0,5 -1,9 2,5 3,7 2,3 2,4 2,5 1,8 2,1 2,3
4.3 Transporte aéreo 18,3 1,5 -3,3 -5,1 -1,2 -2,2 -7,9 -7,2 -6,8 -4,3 -5,6 -6,2
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio 1,6 2,0 -1,1 -0,6 2,0 -2,2 -3,5 -3,0 -2,9 -3,0 -2,7 -3,0
5. Outros serviços 0,6 -0,2 1,7 11,0 4,2 6,1 5,3 5,2 5,2 4,6 4,8 5,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
(1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal
(2) Base: igual mês do ano anterior
(3) Base: igual período do ano anterior
(4) Base: 12 meses anteriores

Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do setor de serviços avançou 1,8% em novembro de 2019, com expansão em quatro das cinco atividades de divulgação e em 50,6% dos 166 tipos de serviços investigados.

O ramo de serviços de informação e comunicação (4,0%) exerceu a contribuição positiva mais relevante, impulsionado, em grande medida, pelo aumento na receita das empresas de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; de atividades de TV aberta; de suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI; de edição integrada à impressão de livros; de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador não customizáveis; e de operadoras de TV por assinatura por cabo.

Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (2,8%), de outros serviços (6,1%) e de serviços prestados às famílias (1,3%), explicados, em grande parte, pelos acréscimos de receita vindos das empresas dos ramos de atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; locação de automóveis; serviços de engenharia; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; consultoria em gestão empresarial; e locação de mão de obra temporária, no primeiro setor; de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde; e administração de bolsas e mercados de balcão organizados, no segundo; e de hotéis; serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada; e de atividades de condicionamento físico.

Em contrapartida, o único resultado negativo veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%), pressionado, principalmente, pela menor receita das empresas de transporte rodoviário de carga; de gestão de portos e terminais; e de transporte rodoviário coletivo de passageiros.

No índice acumulado dos primeiros onze meses de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços avançou 0,9%, com expansão em quatro das cinco atividades de divulgação e em 56,0% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, os serviços de informação e comunicação (3,3%) exerceram o principal impacto positivo sobre o índice global, impulsionado, em grande parte, pelo aumento da receita das empresas que atuam nos segmentos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, de consultoria em tecnologia da informação e suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação.

Os demais avanços vieram de outros serviços (5,2%), de serviços prestados às famílias (3,3%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,5%), explicados, principalmente, pelas maiores receitas auferidas pelas empresas dos ramos de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; de corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde; de administração de bolsas e mercados de balcão organizados; e de atividades de apoio à produção florestal, no primeiro setor; de hotéis; de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada; de restaurantes; e de atividades de condicionamento físico, no segundo; e de locação de automóveis, de atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia, de locação de mão de obra temporária, de aluguel de máquinas e equipamentos, de atividades de cobranças e informações cadastrais e de organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções.

Em contrapartida, a única influência negativa do acumulado de janeiro a novembro de 2019 ficou com o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,6%), pressionado, sobretudo, pelo recuo no volume de receitas de transporte rodoviário de cargas, de operação de aeroportos e de transporte rodoviário coletivo e aéreo (ambos de passageiros).

Serviços assinalam retração em 16 das 27 Unidades da Federação

Regionalmente, a maior parte (16) das 27 unidades da federação assinalou retração no volume de serviços em novembro de 2019, na comparação com o mês imediatamente anterior. Entre os locais que apontaram resultados negativos nesse mês, destaque para Mato Grosso (-5,7%), Minas Gerais (-1,1%), Pernambuco (-3,0%), Santa Catarina (-1,8%) e Espírito Santo (-3,5%). Em contrapartida, os principais resultados positivos em termos regionais vieram de Rio de Janeiro (0,8%) e do Distrito Federal (0,9%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (1,8%) foi acompanhado por apenas 13 das 27 unidades da federação. As principais contribuições positivas ficaram com Rio de Janeiro (10,2%) e São Paulo (1,8%), com ambos apontando crescimento em quatro dos cinco setores investigados, com destaque para os serviços de informação e comunicação. Em comum, observou-se a retração do setor de transportes nos dois estados, pressionados pelo menor desempenho do modal rodoviário de carga. Por outro lado, a influência negativa mais importante para a formação do índice global veio do Mato Grosso (-13,2%), que registrou queda em três dos cinco setores pesquisados, com destaque para as perdas vindas de transporte de cargas (rodoviário e de navegação interior) e de concessionárias de rodovias.

No acumulado de janeiro a novembro de 2019, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (0,9%) se deu de forma concentrada entre os locais investigados, já que apenas 12 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (3,2%), seguido por Santa Catarina (1,3%), Amazonas (3,4%) e Mato Grosso do Sul (3,4%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-1,2%), Paraná (-2,2%) e Mato Grosso (-6,6%) registraram as influências negativas mais relevantes sobre o índice nacional.

Índice de atividades turísticas recua 1,9%

Em novembro de 2019, o índice de atividades turísticas apontou retração de 1,9% frente ao mês imediatamente anterior, após registrar duas taxas positivas seguidas, período em que acumulou ganho de 6,9%.

Regionalmente, oito das doze unidades da federação acompanharam este movimento de queda observado no Brasil, com destaque para os recuos vindos de Rio de Janeiro (-4,0%), São Paulo (-1,1%) e Pernambuco (-7,0%). Em sentido contrário, o principal resultado positivo veio do Ceará (2,6%).

Na comparação com novembro de 2018, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 3,8%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de locação de automóveis. Em sentido oposto, o segmento de transporte aéreo de passageiros apontou a principal influência negativa sobre a atividade turística.

Em termos regionais, sete das doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (5,8%), seguido por Rio de Janeiro (4,8%), Minas Gerais (4,2%) e Rio Grande do Sul (5,8%). Em contrapartida, os impactos negativos mais importantes vieram de Pernambuco (-6,4%) e do Paraná (-4,1%).

No indicador acumulado de janeiro a novembro de 2019, o agregado especial de atividades turísticas mostrou crescimento de 2,6% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de locação de automóveis, de hotéis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. Por outro lado, o principal impacto negativo ficou com o segmento de transporte aéreo de passageiros.

Regionalmente, nove dos doze locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (5,1%), seguido por Rio de Janeiro (2,3%), Minas Gerais (2,5%) e Ceará (5,4%). Já o Distrito Federal (-6,8%) e os estados do Paraná (-3,4%) e Santa Catarina (-2,5%) assinalaram as principais influências negativas no acumulado do ano para as atividades turísticas.

Fonte: IBGE

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