Mato Grosso do Sul foi eleito, pelo segundo ano consecutivo, o quinto Estado mais competitivo do Brasil, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados 2017, um levantamento do CLP (Centro de Liderança Pública), em parceria com a consultoria Tendências e a Economist Intelligence Group. O resultado é motivado, entre outros fatores, pelo reposicionamento de Mato Grosso do Sul nos indicadores sociais e econômicos.
O ranking leva em conta 66 quesitos distribuídos em dez pilares estratégicos, sendo eles Potencial de Mercado, Infraestrutura, Capital Humano, Educação, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Inovação e Sustentabilidade Ambiental. Segundo o estudo do CLP, o índice geral do Estado nos dez pilares é de 62,7, ao passo que a média nacional é de 47,9.
“Em relação a 2016, Mato Grosso do Sul detém em 2017 a mesma posição, o 5º lugar no ranking de competitividade. Fato que não deixa de ser um ponto positivo para o Estado, pelo menos a manutenção de sua competitividade, em um processo lento e gradativo de recuperação da economia, uma vez que em 2015 ocupava o 9º lugar”, aponta a economista do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS), Daniela Dias.
Porém ela lembra que, assim como o Brasil, Mato Grosso do Sul passou por um momento intenso de instabilidade política, que acabou influenciando a economia e, até que ajustes fossem realizados, houve um significativo impacto negativo sobre a solidez fiscal. “Em contrapartida, no que tange ao potencial de mercado, aumentos foram sentidos e posições foram ganhas no crescimento da força de trabalho, tamanho do mercado e, principalmente, na taxa de crescimento.”
Questionada sobre os fatores que contribuíram para a manutenção do bom posicionamento do Estado no ranking, Daniela diz que houve aumento na geração de empregos desde 2002 (de aproximadamente 100%) e de mais de 70% somente entre os estabelecimentos comerciais de bens e serviços. “Além disso, o agronegócio é uma atividade forte da região, que pode se desenvolver ainda mais a partir da agregação de valor. A tecnologia avançou, e com ela a produtividade, mas ainda se trata de um Estado relativamente novo, com muitos potenciais a serem explorados”, afirma a especialista.
O melhor desempenho do Estado foi em 2015 (índice geral de 63,6), quando a crise não havia atingido a sua fase mais aguda. Em 2016, em razão de novas medidas para equilíbrio das contas e recuperação econômica, o índice aumentou para 65,1 e, neste ano, oscilou para 62,7.
O Estado