Em uma trajetória crescente desde dezembro de 2017, o índice de intenção de consumo das famílias (ICF) campo-grandenses atingiu neste mês de agosto 97,7 pontos, o maior índice desde julho de 2015, quando foram registrados 99,3 pontos. Esses dados são da pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), analisados e divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio de Mato Grosso do Sul (IPF).
Cabe ressaltar, que esse índice se pauta em expectativas e na situação atual da renda, consumo, economia e comércio, para tanto, sua estimativa varia de 0 a 200, de modo que abaixo de 100, considera-se zona negativa, ou seja, aquém do esperado, e acima de 100, zona positiva, que representa maiores possibilidades de recuperação da economia.
Nesse sentido, observa-se que agosto trouxe consigo uma maior aproximação da zona positiva, isto porque, os reflexos da greve dos caminhoneiros e as incertezas das eleições foram amenizadas e, dentre alguns fatores que podem justificar esse comportamento estão às chamadas “injeções de ânimo” na economia, advindas, por exemplo: da antecipação da primeira parcela do 13º salário de aposentados e pensionistas; antecipação do pagamento de servidores públicos em setembro, motivado pelo Liquida Centro; restituição do imposto de renda; liberação do PIS/PASEP; proximidade do dia das crianças e do final do ano, diz o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS, Edison Araújo.
Com isso, na comparação a julho, o nível de consumo atual pôde crescer 11%, a expectativa de consumo 10,8% e a avaliação do nível de renda atual 6%. Demonstraram resultados positivos também a perspectiva profissional (4,3%) e a avaliação de condições para compras a prazo, a partir do acesso ao crédito (2,5%).