A partir desta edição o IPF – Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento da Fecomércio-MS divulga dados da Pesquisa Conjuntural de Serviços e Comércio em um único relatório. Outra novidade é que a instituição fez sondagem com empresários de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. “A análise do cenário econômico do nosso Estado ganha em detalhamento de dados que poderão embasar a tomada de decisões tanto do empresário do comércio quanto dos consumidores”, explica o presidente do Sistema Fecomércio-MS, Edison Araújo.
De acordo com o levantamento, um dos indícios de recuperação da economia foi o saldo positivo de emprego na área de serviços. “Janeiro e fevereiro apresentam os primeiros sinais de mudança após oito meses de queda”, analisa a economista do IPF, Daniela Dias. A análise do IPF também percebeu a sensibilidade do consumidor em função das variações dos preços do comércio de bens e serviços. “Diante da instabilidade econômica, do comportamento cauteloso dos consumidores e de um aumento nos preços do segmento de serviços (0,58%), houve uma queda na demanda (-23,80%) em percentual superior ao aumento dos preços, acarretando com isso uma queda significativa da receita empresarial (-17,60%), como foi registrado para o mês de janeiro de 2017”.
No setor de comércio de bens, em janeiro, o período de pagamento de impostos, seguros e compra de material escolar frearam os gastos do consumidor e o resultado foi baixa venda principalmente para os setores de eletrodomésticos, informática e de bens duráveis. O segmento também registrou mais demissões do que admissões, boa parte ocasionada pela saída dos trabalhadores contratados para o período de Natal (temporários).
“Apesar disso, em fevereiro esse saldo passou a ser positivo. E no que se refere a inflação para Campo Grande, os maiores aumentos do IPCA ocorreram em janeiro de 2017 para produtos óticos, automóveis novos e usados, combustível, alimentos e bebidas”, comenta Daniela. “Percebem-se alguns resultados discretamente melhores, apesar de não satisfatórios. Isso reflete o surgimento de alguns indícios de uma recuperação lenta e gradativa para os meses que seguem”.
Confira a pesquisa na íntegra: