O Facebook lançou uma versão empresarial de seu aplicativo móvel e site na última segunda-feira, 10, marcando uma primeira incursão da empresa de redes sociais na altamente competitiva área de softwares corporativos. A plataforma, chamada de Workplace, lembra muito a rede social tradicional. A diferença, porém, é que tudo é voltado para a empresa: comunicação por mensagens com outros colegas, um feed de notícias voltado para comunicação interna e, até mesmo, ferramenta de vídeo ao vivo para apresentações de executivos.
O produto passou por testes por mais de um ano e está disponível agora para todas as empresas. Ele foi projetado para comunicação e colaboração nos escritórios, colocando o Facebook em competição direta com a startup Slack, que vem crescendo rapidamente.
A rede é um produto por assinatura – diferente do Facebook, focado em anúncios – com as empresas pagando entre US$ 1 e US$ 3 por usuário. O plano empresarial mais barato da Slack custa cerca de US$ 7 por usuário.
O Workplace é o mais recente movimento do Facebook para enfrentar os concorrentes em todas áreas das redes sociais e comunicações móveis. Nos últimos meses, o Facebook também desenvolveu produtos para desafiar o crescente aplicativo de compartilhamento de fotos Snapchat.
A empresa, porém, terá que superar o fato de que o Facebook não é, realmente, uma ferramenta de trabalho e muitas vezes ainda é visto como uma distração em escritórios. Para combater isso, o Workplace não exige que as pessoas façam login com suas contas pessoais e o feed de notícias ficará restrito aos anúncios da empresa, memorandos e mensagens de comunicação.
"Queremos substituir várias velhas tecnologias como e-mails internos, boletins", disse o diretor global do Facebook Workplace, Julien Codorniou. "Estas são coisas que as pessoas querem se livrar."
Apesar do Workplace focar em mercados como Estados Unidos e Reino Unido, o Facebook para empresas também ficará em foco nos mercados emergentes, como Áfric e Ásia, onde alguns funcionários se baseiam, principalmente, em telefones celulares.
De acordo com o Facebook, mais de 1 mil empresas se inscreveram — a Índia, por enquanto, é o lugar com o maior número de procuras.
Revista PEGN