Representantes das instituições do setor produtivo de Mato Grosso do Sul, Fecomércio-MS, Fiems e Sebrae, da Fundação de Turismo (FundTur-MS) e da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), participaram na tarde dessa terça-feira (20) de uma reunião na Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e apresentaram ao superintendente, Nelson Vieira Fraga Filho, e ao diretor de Planejamento e Avaliação (DPA/Sudeco), João Balestra do Carmo Filho, o projeto Observatórios de Turismo de Mato Grosso do Sul, que pretende incentivar o desenvolvimento do turismo no Estado. Mais de 500 segmentos serão diretamente impactados pela iniciativa.
Segundo o diretor-presidente da FundTur, Bruno Wendling, atualmente estão sendo implantados ou reestruturados seis observatórios, “selecionados por volume da geração de turismo”, nas cidades de Campo Grande, Bonito, Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Ponta Porã. Wendling explicou que uma das primeiras ações dos Observatórios é o desenvolvimento de um software específico, que “consolide de fato os dados para que os empresários tenham motivação para investir no turismo do Centro-Oeste em todo o Mato Grosso do Sul, que inclusive pode ser futuramente replicada para outros entes federativos da região”.
O coordenador de Economia e Estatística da Semagro, Daniel Massen Frainer, falou que a ferramenta visa “encontrar o ponto de estrangulamento do setor e o adensamento de cadeias produtivas, traçando estratégias de atratividade de novos investimentos”. Complementando a fala do coordenador, a economista da Fecomércio-MS, Daniela Dias, afirmou a importância da matriz insumo-produto utilizada na Federação para todo o Estado. “Ela impacta, inclusive, na formulação de projetos de lei e na orientação das questões tributárias, sendo também estratégica em termos econômicos”, esclareceu.
Para o superintendente da Sudeco, é de interesse da Superintendência apoiar institucionalmente e financeiramente os Observatórios, pois o projeto está na linha do foco de atuação da DPA na atual gestão, mas que é necessário fazer um raio-x na realidade do setor no Estado. “O valor, de R$ 1.534.456,00, não é problema para a Sudeco, mas queremos apoiar aqueles que tem projetos também a buscar outras fontes de recursos, que inclusive serão mais fáceis de serem obtidas, como as emendas parlamentares, ou bancos internacionais, como o Banco Internacional do Desenvolvimento BID. Queremos construir junto com esses projetos um modelo de negócio, e ser uma parceria em que a atuação seja uma via de mão dupla. Podemos, institucionalmente, sermos fomentadores de recursos fazendo um projeto turístico inteligente, pois mesmo com o bloqueio de recursos por parte do governo federal, em função das reformas estruturais, podemos superar a dificuldade financeira com criatividade”, afirmou.
O presidente do Sistema Fecomércio-MS, Edison Araújo, lembrou que o Estado já tem investido em capacitação, por meio das ações do Sistema. “Foram R$ 18 milhões do Senac em uma escola de capacitação em turismo e gastronomia, em Campo Grande, um centro de referência na qualificação profissional. Ponta Porã, Aquidauana e Corumbá também estão se tornando polos de gastronomia e hotelaria; mais R$ 25 milhões para construção do Jardim Botânico de Bonito, e investimentos de R$ 2,5 milhões para restauração de prédios antigos e transformação em complexos culturais”, detalhou o presidente.
“O turismo no Centro-Oeste é uma coisa muito bonita, temos muito a oferecer: turismo cultural, gastronômico, o Brasil não é só litoral, temos que criar o nosso portfólio, ter um modelo de negócio nacional para ver como podemos investir, para que possamos sugerir investidores internacionais”, afirmou o superintendente Nelson Fraga.
O diretor da DPA/Sudeco declarou que a iniciativa está dentro da linha de projetos da Sudeco por ser um projeto estrutural, que sustenta o discurso da Superintendência e está na faixa de fronteira. “É importante levá-lo aos deputados, criar modelo de emendas e subsidiar o superintendente nas conversas com os parlamentares. Mas é fundamental que os interessados façam também o corpo a corpo, pois é isso que influencia a liberação das verbas, o atendimento do parlamentar. A Sudeco precisa de um banco de projetos, mas de projetos que sejam do século 21”, finalizou João Balestra.
Também participaram da reunião Cláudio Jacinto Alves, diretor corporativo do Sistema Fiems, Claudio Mendonça, diretor-superintendente do Sebrae-MS, Paola Cardoso Barbosa, coordenadora de comunicação e marketing do Sebrae-MS, e Valmira Gomes Carvalho, Superintendente da Fecomércio-MS. Com informações da Assessoria de Comunicação da Sudeco.