Em pouco mais de três dias de pleno funcionamento, o Pix registrou mais de 5,2 milhões de transações, segundo o Banco Central. A ferramenta de pagamentos instantâneos movimentou cerca de R$ 4,6 bilhões no período e a grande expectativa é que se torne a substituta de transações pagas e mais morosas, como DOC e TED.
Diferentemente das outras modalidades, o Pix pode ser feito 24 horas por dia, sete dias por semana, e leva apenas dez segundos para ser processado. Para ter acesso, o usuário deve cadastrar uma das chaves possíveis – CPF ou CNPJ, telefone, e-mail ou uma sequência automática gerada pelo sistema – em uma instituição financeira habilitada para oferecer o recurso. Até o momento, o Pix conta com 73 milhões de chaves cadastradas.
Além do varejo físico, o e-commerce pode se beneficiar do novo meio de pagamento, na visão do consultor do Sebrae-SP, César Ossamu. O especialista explica que boa parte das transações no comércio digital hoje são feitas via cartão de crédito, que não é contemplado pelo Pix, mas os boletos, também usados nesse tipo de venda, podem ser substituídos pela nova opção.
“Muitos boletos acabam não sendo pagos, e o varejista só vai saber dois ou três dias depois.” O especialista comenta que em um cenário de Black Friday, por exemplo, esse prazo pode significar um prejuízo grande.
O Pix também tem potencial para ampliar as vendas das lojas, pois pode alcançar clientes que não tenham cartão de crédito nem mesmo conta em banco. Confira, a seguir, outros benefícios dos pagamentos instantâneos para as lojas virtuais:
O valor é compensado em até dez segundos. Dessa forma, o lojista tem maior previsibilidade de caixa e consegue agilizar o processo de emissão do produto, diminuindo o tempo de espera para o consumidor. “Vai depender de o e-commerce se preparar para isso, com a questão logística e de expedição. Os empreendedores já têm se esforçado para fazer entregas mais rápidas, agora podem agilizar com o pagamento contabilizado instantaneamente.”
Reduz custos, e pode trabalhar como oferta
Com o Pix, o lojista diminui as taxas de cartão de crédito e pode reduzir os preços dos produtos para o cliente. “O proprietário do e-commerce pode conceder vantagem para quem optar por essa forma de pagamento, por exemplo.”
Sem “charge back”
Quando um cartão de crédito é fraudado e uma compra é feita no e-commerce, o empreendedor fica com o prejuízo do envio do produto. Ossamu explica que, com o Pix, o e-commerce não é penalizado: a instituição financeira ou fintech é quem responde para o cliente pela falha na segurança. “O e-commerce só devolve o dinheiro se não tiver o produto em estoque ou não puder entregar, por alguma razão”, explica.
Fonte: Revista PEGN