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Comércio começa a enxergar recuperação

O PIB não deve crescer mais que 0,5% neste ano, mas o comércio deve ter um ano melhor que os dois últimos, dada a percepção de recuperação ao longo de 2017, estimulada pela queda dos juros e melhora da renda real, resultado do recuo da inflação.

A opinião é de Carlos Thadeu de Freitas, chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e foi externada durante encontro com jornalistas no endereço da entidade em Brasília, dia 7 de fevereiro. 

Para Carlos Thadeu, que já foi diretor do Banco Central, o primeiro trimestre do ano deve ser ainda fraco para o comércio, com estabilidade ou até queda sobre o quarto trimestre do ano passado. Segundo ele, o carnaval deve ser um dos mais fracos dos últimos anos, refletindo a renda fraca, o desemprego e a inadimplência elevada, resultado de uma combinação de políticas monetária, fiscal e cambial ainda contracionistas. “Não podemos ser eufóricos com recuperação rápida por inconsistências herdadas”, disse.

Thadeu defendeu ainda que o Banco Central intensifique a queda dos juros, avaliando que uma redução de 1 ponto percentual já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ajudaria a acelerar a recuperação da economia. Para ele, a preocupação agora do BC tem que ser atividade econômica, já que o problema da inflação, pondera, está resolvido. Ele prevê a Selic em 9% no fim do ano, mas endossa que o ciclo poderia ser antecipado, reforçando a volta do crescimento.

 

CNC

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