Tema central dos debates é a promoção global da justiça social
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) tem a expectativa de que, no encerramento da 111ª Conferência Internacional do Trabalho (CIT), marcado para amanhã (16), as demandas dos empresários do setor produtivo brasileiro sejam contempladas na redação dos textos finais. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, é o representante da delegação patronal brasileira na Conferência, realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, na Suíça. Além da CNC e das Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de todo o País, a comitiva patronal brasileira é composta por representantes das Confederações Nacionais da Agricultura e Pecuária, da Indústria, da Saúde, dos Transportes e entidades afins.
Dando voz às demandas patronais, José Roberto Tadros participou, no dia 13 de junho, de uma reunião com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, na qual os técnicos da delegação brasileira apresentaram o andamento das discussões nas comissões da CIT e o papel do Brasil na Conferência. Tadros também participa da Cúpula do Mundo do Trabalho, que começou ontem (14) e termina hoje, cujo tema é Justiça Social para Todos e inclui palestras e painéis com chefes de Estado, de governo e representantes de alto nível da OIT e das Nações Unidas.
Na segunda-feira (12), Tadros discursou na plenária da Conferência, frisando a importância do trabalho conjunto entre entidades públicas e privadas para a priorização de temas como redução das desigualdades, promoção da justiça social e do trabalho decente. “O setor empresarial brasileiro tem o objetivo de colaborar no enfrentamento dos principais problemas estruturais da sociedade e do mercado de trabalho, entre os quais se destacam, além da desigualdade social e da pobreza, a redução do desemprego e da informalidade”, afirmou o presidente da CNC. Ele também difundiu o papel fundamental das instituições que compõem o Sistema S na qualificação profissional de jovens e adultos, destacando a possibilidade de que o modelo seja replicado em outros países para garantir a formação e atualização dos trabalhadores.
Entre os temas debatidos na Conferência desde o seu início, no dia 5 de junho, estão a instauração de normas globais para um aprendizado de qualidade, o objetivo estratégico da proteção ao trabalhador, a transição justa para as novas tecnologias do trabalho, a proposta de convênio e recomendação sobre a revisão parcial de 15 instrumentos internacionais de trabalho e a busca pela igualdade entre mulheres e homens no ambiente laboral.
Fonte: CNC