O boletim regional do Banco Central do Brasil aponta que, no mês de julho, o comércio da região Centro-Oeste foi um dos segmentos mais afetados pelas restrições de funcionamento e de circulação de pessoas. “Regionalmente, os impactos econômicos da pandemia foram relevantes e de intensidade relativamente semelhante, com exceção do Centro-Oeste, que registrou efeitos menos pronunciado”, conforme a análise, refletindo, principalmente, a estrutura econômica regional, que apresenta maior participação de atividades relacionadas com o setor primário e com o beneficiamento e distribuição desses produtos. Com isso, o índice de atividade econômica na série com ajuste sazonal recuou 3,5% no trimestre encerrado em maio, com retração menos intensa do que as registradas nas demais regiões do país.
No comércio, com impacto das medidas de restrições de funcionamento e de circulação de pessoas, as vendas tiveram retração de 15,2% no trimestre encerrado em maio no conceito ampliado, magnitude inferior à contração observada em nível nacional (-19,0%).
Na região Centro-Oeste, a retração foi mais acentuada no Distrito Federal (-23,3%), em parte, pela característica de maior adensamento populacional e concentração de lojas em shopping centers; nos demais estados da região, a queda no volume de vendas variou de -7,8%, no Mato Grosso do Sul, a -13,8% em Goiás.
“Quando falamos do comércio de bens, serviços e turismo é justamente o setor que mais sofre em função do isolamento social, medidas restritivas, medo em relação ao contágio e até mesmo o desemprego e alterações de hábitos e rotinas”, pontua a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Daniela Dias.
Por outro lado, observa-se que há um movimento de recuperação dadas as estratégias adotadas pelos empresários voltadas ao e-commerce e em conformidade com as necessidades das pessoas que demandam mais produtos e serviços de lazer em casa.
Confira o estudo na íntegra aqui.