Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que, no ano de 2020, as mudanças de hábitos da população elevaram a procura por profissionais ligados a serviços de entrega e ao atendimento remoto. Por outro lado, no Turismo, por exemplo, houve forte retração. Recorte feito pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, aponta que em Mato Grosso do Sul a situação se reproduziu.
Os serviços de alojamento e alimentação fecharam, com o ano, 1.113 postos, assim como na educação outras 1.101 foram encerradas 81 na área de artes, cultura, esporte e recreação. Por outro lado, os serviços de transporte, armazenamento e correio injetaram 783 novos postos no Estado e, juntas, as áreas de comunicação, atividades financeiras e imobiliárias adicionaram 3.087. Atividades relacionadas à saúde responderam pelo acréscimo de mais 1.512 vagas e outro saldo expressivo, de 2.011 está nas atividades administrativas e serviços complementares.
“A maioria dos segmentos conseguiu deter mais admissões que demissões, com destaque para indústria de transformação, diante das necessidades da população e, aos serviços, afinal nunca se demandou tanto do marketing digital, das informações e comunicação. O Setor de turismo foi impactado, em toda sua cadeia, apesar de ter também tentado se reinventar, mais focado no mercado local.No que se refere ao transporte, armazenagem e correios, a geração de emprego também pôde crescer, diante do isolamento social, que estimulou as entregas em domicílio e o comércio a distância”, diz a economista do IPF-MS, Daniela Dias.
Na visão de Daniela ainda, as atividades administrativas, também passaram a ser mais solicitadas, em tudo que pudesse auxiliar no período de pandemia, fossem do ponto de vista de estratégia empresarial ou como suporte para a saúde. “Cabe destacar que as atividades administrativas são aquelas que muitas vezes não enxergamos, como as relacionadas à organização dos arquivos de um paciente ou ainda a organização das entregas de uma loja “.
De um modo geral, esse incremento do estoque de vagas possibilitou ao Estado um aumento da empregabilidade de, aproximadamente, 2%, na comparação a 2019. A indústria superou 6%; comércio 3%; serviços, 1% e construção civil 1%. Para a agropecuária houve queda de 3%. Em números absolutos, 677.300 pessoas estavam empregadas até dezembro, enquanto que em 2019 eram 664.746. Para o comércio, respectivamente, 135.095 contra 130.918. Para serviços 343.441 contra 340.242. Na construção civil, 21.881 contra 21.642.