Apesar de os Millenials terem sido o foco nos últimos anos, é a Geração Z que tem movimentado grande parte dos estudos de marketing atualmente. Com o envelhecimento dos Millenials, é preciso entender melhor os jovens que estão chegando ao mercado e devem direcionar como as marcas precisam se comportar.
Nascida entre 1995 e 2010, a Geração Z compreende um grupo etário que basicamente já veio ao mundo digital, conectado e cresceu com um celular na mão. Sem nunca terem vivido sem internet, não existe para eles diferença entre on-line e off-line.
A partir dessas premissas, as empresas precisam compreender o que traz valor para esses jovens e quais são os tipos de relacionamento que eles podem construir com as marcas. Mais do que estabelecer uma relação de compra, esta geração quer que as marcas os representem.
Ou seja, as relações de consumo precisam começar a gerar um impacto positivo real, ter propósito e não só ter como objetivo vender determinado produto. Por conta disso, compartilho seis insights sobre a Geração Z que todas as empresas deveriam conhecer atualmente:
- Poder de compra – Estima-se que esses jovens possuam um poder de compra de US$44 bilhões, segundo o IBM Institute for Business Value. Considerando que boa parte ainda não é economicamente ativa, existe ainda um espaço muito grande para ampliar a participação dessa geração no mercado consumidor.
- Novos influenciadores – Um outro estudo da IBM mostra que 93% das pessoas da Geração Z influenciam as decisões de compra da família, principalmente quando se trata de produtos como bebida, comida, mobiliário e itens para a casa. São esses mesmos jovens que vão cancelar uma marca e incentivar familiares e amigos a deixarem de usar um produto caso a empresa esteja envolvida em alguma polêmica ou deixe de apoiar importantes causas de desenvolvimento sustentável e social.
- Nativos digitais – Estar fora do mundo digital não é uma opção com eles. Pessoas dessa geração não sabem o que é viver sem internet, passam em média dez horas no celular e tem contato com até cinco tipos de telas ao longo do dia, incluindo computador, celular, TV e até acessórios, como smartwatches. No entanto, diferentemente de gerações anteriores, os jovens dessa faixa etária não gostam de ficar presos a um computador. O símbolo deles é o smartphone, por garantir a mobilidade e agilidade que desejam.
- Identificação de valores – Os novos consumidores buscam cada vez mais uma interação baseada nos valores e propósitos que as marcas compartilham. São pessoas que irão incentivar e enaltecer ações de empresas que gerem impacto social significativo. Em relação à geração anterior, são mais politizadas e se preocupam mais com questões sociais e ambientais. Segundo uma pesquisa do Think With Google, 85% dos jovens da Geração Z disseram estar dispostos a doar parte do seu tempo para alguma causa.
- Contato próximo – Humanização e personalização são tendências básicas para essa geração que todas as empresas deveriam oferecer. Isso significa ir além da publicidade tradicional, colocando em prática o discurso da marca a partir do atendimento humanizado na jornada de compra inteira.
A melhor forma para estabelecer essa relação é utilizar todas as ferramentas digitais disponíveis para ouvir o que os jovens têm a dizer, sejam problemas, causas ou expectativas sobre o mundo. Com esse feedback, o diálogo precisa ser estabelecido de maneira personalizada, com conteúdos feitos especialmente para eles e para os grupos em que estão inseridos.
- Racionais e pragmáticos – Como fruto de uma época cheia de crises econômicas, sociais e políticas, a Geração Z tem uma visão muito mais realista das coisas. Isso os torna consumidores mais racionais, cautelosos e adeptos do pensamento lógico. Quando vão fazer uma compra, a grande maioria aprende e pesquisa sobre o produto previamente na internet para saber todas as informações possíveis antes de investir seu dinheiro.
Fonte: Consumidor Moderno
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