Mato Grosso do Sul é o Estado brasileiro com a maior projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2021, com alta de 2,7% acima do nível pré-pandemia (2019). É o que aponta levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada, publicado no jornal O Estado de São Paulo em 23 de agosto. O desempenho é atribuído ao avanço da produção agropecuária e da produção industrial.
Enquanto 21 estados e o Distrito Federal podem fechar 2021 com queda, a reportagem destaca que Mato Grosso do Sul deve ser o Estado mais resiliente no biênio 2020-2021. Os outros estados com estimativa de crescimento são: Pará, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás.
“Em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado fez uma opção de fazer uma gestão adequada da economia no período da pandemia e lançou o Programa Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), por meio do qual estabelecemos protocolos de biossegurança que permitiram a manutenção do funcionamento de diversas atividades econômicas, preservando a saúde dos trabalhadores, o emprego e a arrecadação de ICMS do Estado”, lembra o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Graças a essa estratégia do Governo do Estado, a economia sul-mato-grossense, em diversos níveis e setores, preservou o ritmo de aceleração e retomada do crescimento. De janeiro a julho de 2020, o superávit da balança comercial do Estado foi 29,37% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
A produção de grãos (soja e o milho) teve um incremento de 300 mil hectares na lavoura neste ano, com impacto direto nas vendas externas, tanto que as exportações de soja cresceram 55,09%. A produção de proteína também desponta no comércio exterior do Estado, com destaque para a carne de aves, que aumentou as vendas em 18,59%. Nesse segmento a carne bovina manteve praticamente estável seu nível de produção e de vendas.
Na produção florestal, Mato Grosso do Sul é o terceiro estado do país com a maior área de floresta plantadas e, neste ano, elevou em 7% o volume de celulose exportada. Outros produtos também têm se destacado, como o açúcar, que cresceu 178,02%; óleos e gorduras vegetais e animais, com elevação de 238,3% e as exportações de ferro-gusa e ferroligas, que aumentaram em 194,36%.
“A manutenção das atividades ligadas à indústria do agronegócio e ao abastecimento, juntamente com a ampliação da base exportadora, nos permitiu bater recordes de produção e exportação. E esse desempenho tem impacto direto em outras frentes, como a tomada de crédito para realização de investimentos, atração de investimentos e geração de emprego”, pontua o secretário Jaime Verruck.
No primeiro semestre deste ano, Mato Grosso do Sul ficou em terceiro lugar na geração de empregos no país, segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego). Somente no mês de julho foram gerados 2.635 empregos formais, com destaque para a Indústria, com 1.438 vagas geradas; Comércio (943) e Serviços (556). “Aqui já estamos gerando empregos em todos os setores, mesmo aqueles que, em nível nacional, ainda não se recuperaram. Isso demonstra a capacidade do Estado de superar a pandemia”, comenta o titular da Semagro.
Outro fator que justifica a projeção de crescimento do PIB Sul-mato-grossense no levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada é o volume de crédito concedido por meio do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) de janeiro a julho de 2020. Já foram contratados mais de R$ 850 milhões de reais no FCO Rural e Empresarial e estão em tramitação processos que totalizam pelo menos R$ 900 milhões.
“O Estado continuou atraindo investimentos mesmo no período da pandemia. Tivemos recorde na apresentação de cartas consultas para aquisição de financiamentos pelo FCO, que retratam bem essa disposição do empresariado local. A demanda continua elevada no Empresarial e no Rural, que praticamente já atingiu 100% do volume disponibilizado”, destaca o secretário.
Por fim, em Mato Grosso do Sul, no acumulado de janeiro a julho de 2020, já foram abertas 4.399 empresas, o melhor desempenho para o período nos últimos sete anos. Os dados não incluem os MEI’s – Microempreendedores Individuais, que são constituídos de forma virtual em portal próprio do Governo Federal.
“Foram 873 novas empresas abertas somente no mês de julho de 2020, o maior número em toda série histórica da Jucems. Esse resultado recorde é um sinalizador importante de que as medidas tomadas pelo Governo do Estado neste período de pandemia, com o programa Prosseguir, têm permitido ao setor empresarial responder positivamente, com a abertura de novas empresas e também de empregos”, finalizou Jaime Verruck.
Marcelo Armôa – Assessoria de Comunicação da Semagro
Publicado por: Marcelo Armôa, Assessoria de Comunicação da Semagro