Entidades ligadas ao varejo se uniram para desenvolver uma plataforma online de geração de empregos no setor. Batizada de Vagas no Varejo, a iniciativa espera minimizar os impactos provocados pelo novo coronavírus ao facilitar a recolocação de profissionais no mercado de trabalho e preservar a atividade empresarial.
Em linhas gerais, trata-se de uma plataforma que oferece vagas oferecidas por empresas varejistas de todo Brasil. Ela funciona como uma Catho, porém exclusivamente para varejista.
O lançamento oficial da plataforma aconteceu no último Dia do Trabalho (1º de maio). O projeto foi idealizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) e Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Outras 26 entidades participam da ação.
Indicadores do Ibre/FGV mostram que a crise pode deixar até 12,6 milhões de desempregados e contrair em cerca de 15% a renda dos trabalhadores brasileiros.
“Temos unido esforços em prol da redução dos impactos econômicos e sociais sobre a atividade do varejo. Só o segmento de vestuário, calçados e artigos têxteis para o lar responde pela geração de 917 mil empregos em todo o País. Neste momento, o foco do varejo de moda está na preservação do emprego e renda”, diz Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX.
Como funciona – O aplicativo Vagas no Varejo está disponível em todas as plataformas móveis (iOS e Android). Para se cadastrar, o candidato destaca sua área de atuação, experiências profissionais e disponibilidade de horários. A inserção do currículo é opcional. As entrevistas serão feitas online.
As empresas interessadas em recrutar profissionais têm uma área exclusiva no portal. Lá, poderão cadastrar as oportunidades de emprego e serão responsáveis por excluir as vagas que forem preenchidas. Para anunciar na plataforma é necessário assinar um termo firmando o compromisso de não utilizar as informações de candidatos para qualquer outra finalidade, como venda de produtos ou serviços.
Rápida adesão – As primeiras reuniões para discutir o movimento tiveram início no fim de março e, em apenas 15 dias, ganharam a adesão de mais 17 entidades.
“A redução do ritmo da economia e o desemprego são consequências inevitáveis da crise, e a retomada tende a ser muito lenta em alguns setores. Com essa estratégia, empresários e dirigentes da iniciativa privada somam esforços e competências para reverter mais rapidamente esse quadro e manter o nível de emprego e renda para muitas famílias”, afirma Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
Fonte: Consumidor Moderno