O Brasil abriu 129.601 vagas de emprego com carteira assinada em abril, alta em relação ao mesmo período do ano passado. É o melhor resultado para o mês desde 2013 (+196.913 vagas). Esse resultado é o saldo, ou seja, a
diferença entre contratações e demissões. No mês passado, foram 1.374.628 contratações e 1.245.027 desligamentos.
No acumulado de janeiro a abril, o país registrou a criação de 313.835 vagas com carteira. Em 12 meses até abril, o saldo é positivo em 477.896 postos de trabalho. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados hoje pelo Ministério da Economia.
Serviços puxam contratações
Todos os oito setores pesquisados registraram aumento no número de vagas em abril. O setor de serviços teve o melhor desempenho. Veja quantas vagas cada setor abriu:
Serviços: 66.295
Indústria: 20.479
Construção civil: 14.067
Agropecuária: 13.907
Comércio: 12.291
Administração pública: 1.241
Serviços industriais de utilidade pública: 867
Extração mineral: 454
Salário médio cai
O salário médio de admissão em abril foi de R$ 1.584,51, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.747,85.
Quando descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve aumento de 0,45% no salário de contratação e de 1,82% no salário de desligamento, em comparação com o mês anterior. Em relação a abril do ano passado, o salário médio de admissão teve queda de 1,32%.
Trabalho sem horário fixo
Pela modalidade de trabalho intermitente, que prevê o trabalho sem horário fixo e com o empregado recebendo apenas pelas horas trabalhadas, foram registradas 9.972 contratações e 4.550 demissões em abril, um saldo positivo
de 5.422 empregos.
As aberturas de vagas desse tipo se concentraram no setor de serviços (2.840), comércio (1.539) e indústria (774). O trabalho intermitente foi instituído pela reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados do Caged consideram apenas os empregos com carteira assinada. Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 13,4 milhões de desempregados no trimestre encerrado em março.
Fonte: UOL