O volume de vendas do varejo brasileiro avançou +1,1% em março deste ano, na comparação com fevereiro, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada na última sexta-feira (11) pelo IBGE. Assim, na série com ajustes sazonais, o setor apurou seu melhor desempenho nos meses de março desde 2013, quando registrou +1,2%. Na comparação com março de 2017, o volume de vendas cresceu em média 7,8% nas dez atividades pesquisadas do varejo, registrando, nessa base comparativa, o melhor mês de março desde 2012, quando chegou a +10,3%.
A aceleração do ritmo das vendas em relação ao ano passado levou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a revisar de +5,0% para +5,4% sua projeção relativa ao aumento das vendas para o ano de 2018. Compõe o cenário percebido pela entidade o barateamento do crédito em um ambiente de inflação baixa. A perspectiva de novos cortes nos juros básicos, além de medidas capazes de melhorar a qualidade de concessão de crédito, tais como a aprovação do cadastro positivo, deverá permitir novas quedas nos juros, acelerando o ritmo de concessão de recursos aos consumidores até o fim do ano.
Setor automotivo se destaca na PMC
O destaque de março na PMC do IBGE ficou com o setor automotivo, que cresceu +2,9% na comparação com fevereiro e já acumula avanço de 12% nos cinco últimos meses; na comparação com março de 2017, o volume de vendas cresceu em média 7,8% nas dez atividades pesquisadas do varejo, registrando o melhor mês de março desde 2012 (+10,3%). O setor automotivo também se destacou, com avanço de 16,0% na comparação com o mesmo mês de 2017, seguido por hiper e supermercados, cuja alta (+12,3%) foi a maior entre todos os meses desde março de 2012 (+12,4%).
“No caso do segmento automotivo, o comportamento das vendas é uma clara reação ao aumento do crédito para aquisição de veículos. De acordo com dados do Banco Central, a concessão de crédito às pessoas físicas para aquisição de veículos avançou 21% no primeiro trimestre de 2018 ante os três primeiros meses de 2017”, explica Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação. Acesse abaixo o estudo na íntegra.
CNC