A política monetária do governo federal para aquecer a economia, com redução da taxa básica de juro, a Selic, ao menor patamar histórico precisa chegar ao consumidor para ter efeitos práticos. Esse é o desafio, na avaliação do presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Edison Araújo.
Ele lembra que, embora a política monetária venha no sentido de estimular a injeção de dinheiro na economia e utilização de crédito, existem variáveis que impactam no cenário e fazem com que não chegue ou chegue timidamente ao cartão de crédito, principal meio de endividamento dos consumidores, e crédito imobiliário.
“Temos duas políticas com viés diferentes, com a política fiscal impondo restrições e a monetária expansionista. As quedas consecutivas na Selic são justificadas pela queda de inflação. Diríamos que os preços estão voltando ao patamar anterior aos fortes aumentos, mas ainda temos questões como do gás e do combustível, em alta”.
Selic – Pela 11ª vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu hoje (7) a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, de 7% ao ano para 6,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Com a redução de hoje, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 7% ao ano em dezembro do ano passado, o nível mais baixo até então
IPF-MS