O mercado financeiro reduziu a estimativa de crescimento do Brasil em 2018 para 2,66%. Até a semana passada, a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país – para este ano era de 2,7%.
A projeção consta do boletim Focus, publicação divulgada no início da semana pelo Banco Central (BC) com projeções para os principais indicadores econômicos. Há quatro semanas, a expectativa estava mantida em um crescimento de 2,7% para 2018. A projeção do mercado está abaixo do crescimento estimado pelo governo, de 3% para este ano.
"Essa leve redução na projeção de crescimento do PIB pode ser explicada em partes pela instabilidade das expectativas tanto dos empresários, quanto aos potenciais consumidores, uma vez que, embora, as estimativas de indicadores acerca da inflação e Selic sejam positivas, ainda paira um processo lento e gradativo de recuperação da economia",explica a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias. "Essa recuperação está pautada pelas possibilidades de consumo, de venda, produção, no emprego, na renda, nas decisões políticas, investimento, dentre outras variáveis que interferem nesse processo”.
Já a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi mantida em 3,95% para este ano, a mesma estimada na semana passada.
Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, a estimativa é 6,75% ao ano, projeção mantida há quatro semanas. No ano passado, a Selic atingiu a mínima histórica, de 7% e houve sinalização de redução para este ano. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa, será na semana que vem, nos dias 6 e 7 de fevereiro.
De acordo com Daniela, para o Mato Grosso do Sul, 2018 já se iniciou com melhoras tanto na intenção de consumo das famílias, quanto no índice de confiança do empresário, o que implica dizer que pelo menos nos primeiros dias do ano há um maior otimismo em relação ao ano passado e um longo caminho a ser percorrido para que a intenção de consumo atinja a zona positiva, ou seja, uma intenção que repercuta em consumo efetivo e que consequentemente contribua para a recuperação plena da economia.
Com informações da Agência Brasil