A participação das micro e pequenas empresas na porcentagem de trabalhadores com carteira aumentou de 51%, em 2010, para 54%, em 2015. De acordo com estudo inédito feito pelo Sebrae sobre empreendedorismo e trabalho, nesse período, o número de empregados nos pequenos negócios passou de 14,7 milhões para 16,9 milhões, registrando uma expansão de 15%. Já nas empresas de maior porte, o número de empregados passou de 13,9 milhões para 14,5, com um crescimento de 4,3%.
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, chama a atenção para o fato de que no período de crise, quando as médias e grandes empresas mais demitiram do que contrataram, as micro e pequenas empresas aumentaram o número de funcionários. “O estudo revela que quando se trata de geração de empregos, os pequenos negócios sempre geram mais ou demitem menos dos que as empresas de médio e grande porte. A recuperação da economia começa a ser percebida pelas micro e pequenas empresas”, afirma.
Afif destaca que os pequenos negócios já estão conseguindo reverter o saldo negativo de geração de empregos dos dois últimos anos. No primeiro semestre de 2017, as micro e pequenas apresentaram saldo positivo de empregos com a criação de 211,2 mil postos de trabalho, enquanto as médias e grandes fecharam 162,2 mil. Nos anos de 2015 e 2016, as micro e pequenas empresas demitiram uma média de 242 mil empregados por ano, enquanto que as empresas de maior porte encerraram, em média 1,2 milhão de empregados anualmente.
O estudo também detectou que desde 2004, em todos os meses que o saldo de geração de empregos ficou positivo, o maior número de vagas foi criado nos pequenos negócios, e nos meses em que o saldo ficou negativo, as demissões nas empresas de micro e pequeno porte foram inferiores aos encerramentos de vagas nas médias e grandes.
Revista PEGN