Nunca os lojistas e-commerce tiveram tantas ferramentas para medir o sucesso – ou fracasso – de suas ações e buscar melhores resultados: análise de comportamento do consumidor, dados de navegação, localização e acesso a dados quase infinitos sobre quem entra em um site. Ao mesmo tempo, o varejo ainda não respondeu a uma pergunta: como transformar essas informações em relacionamento com o cliente?
De acordo com Ricardo Rodrigues, co-fundador e gerente de produtos da Social Miner, o internauta do século 21 não tolera invasões, principalmente por saber que seus dados estão nas mãos das empresas. No dia 8 de novembro, ele fará um workshop sobre humanização de e-commerce na Conferência E-Commerce Brasil Rio.
“O marketing digital criou consumidores mais nativos e tech-savy, e eles estão cansados do marketing tradicional”, afirmou. “Não toleram automações invasivas, não querem ser mais um nome na lista do e-mail marketing, sabem exatamente o porquê de terem abandonado o carrinho e não gostam da experiência do retargeting”, cravou.
De acordo com Rodrigues, a solução está em convergir automação com humanização e, assim, melhorar a conversão de vendas, como no caso da Sephora, que teve um crescimento de 50% no ROI da Black Friday usando essa técnica.
“No dia a dia, ficamos muito focados em atingir resultados e esquecemos que, por trás de cada venda, existe uma pessoa de verdade”, opinou. “Se você usar os dados que já têm para entender quem são seus consumidores, conseguirá ser muito mais assertivo nas suas campanhas.”
Ele cita, por exemplo, como o e-mail marketing se insere nessa nova forma de se relacionar com o cliente.
Em vez de enviar a mesma mensagem para 130 mil pessoas e converter – segundo as médias de mercado – 56 compras, o lojista tem a oportunidade de ler os dados e disparar e-mails personalizados para 3 mil consumidores e converter as mesmas 56 vendas, sem estressar sua base e sem ser chato. “Quem souber se comunicar melhor com esse novo cliente vai ganhar a venda”, concluiu.
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